Resenha | Aprendendo a Seduzir de Patricia Cabot @PlanetaLivrosBR

O que qualquer mulher faria se flagrasse o noivo aos beijos com outra mulher?
Cancelaria o casamento e nunca mais colocaria os olhos no desalmado traidor. Certo?
Não lady Caroline Linford.
Apaixonada pelo belo e galante marquês de Winchilsea, ela não se dá por vencida e resolve ir em frente com o casamento. Afinal, lady Linford ama seu prometido.
Com o intuito de se tornar o único objeto do desejo de seu noivo, ela convoca o renomado Braden Granville, mestre na arte da sedução, para, com ele, aprender a ser a melhor amante que Winchilsea pode vir a ter.
Porém, a aluna se torna tão aplicada que arrancará mais que elogios de seu professor...

Eu li este livro há muito tempo atrás e me apaixonei pela trama. É um romance de época muito bem escrito e com uma pegada mais quente, este foi um dos motivos de eu ter me interessado por ele, até porque, a sinopse também cumpriu seu papel em me deixar curiosa. Agora com uma nova edição e uma nova capa (muito mais bonita que a anterior em minha opinião), resolvi trazer a resenha para vocês. Escrito pelo pseudônimo que a Meg Cabot usa para escrever romances históricos, a leitura é mais do que recomendada, não me arrependi em nenhum momento. 

Tudo começa quando Caroline flagra o futuro noivo em um cena comprometedora. Ao mesmo tempo curiosa e indignada por não ser ela a mulher que está fazendo seu noivo ter tanto prazer, ela resolve que é hora de ter umas lições de sedução. Para não contrariar sua mãe que acha que o termino do noivado será um escândalo e tentando evitar que Braden entre em um duelo com o marquês, pois ele tem um relacionamento com a mulher que estava nos braços deste, Caroline vê na fama e na experiência de libertino de Braden, uma chance de aprender a dar prazer a um homem. Ela possui um grande segredo que pode beneficiá-lo e por isso ele aceita ajudá-la a reconquistar o noivo. 

“Como em nome de Deus ele iria explicar para uma garota tão inexperiente a fina arte da sedução”.

Só que as lições, claro, não são teóricas, aí você já pode imaginar o que vai acontecer não é? A trama se passa em Londres no ano de 1870 e pelos costumes da época e todos os preconceitos, eu imaginava que a heroína seria uma boba, ledo engano. De certo modo ela é inocente, mas ao mesmo tempo é decidida e corajosa, qualidades que me fizeram admirá-la. Imagina naquela época você chegar para um desconhecido e dizer com todas as letras o que quer, imagina só o constrangimento de informar que está sendo traída e que espera se tornar uma mulher como a amante que flagrou com seu futuro marido?

"... Ele precisava dela. Precisava de sua bondade, sua franqueza, seu humor, sua humanidade. Maldição! Precisava dela...”

É fantástico observar os sentimentos de Caroline e Braden se transformarem a cada encontro. O que começa com um acordo, se transforma em algo muito mais forte sem que eles percebam. Os dois se sentem cada vez mais atraídos e para Braden, estas emoções são assustadoras já que ele está acostumado com mulheres muito mais deslumbrantes que Caroline. É exatamente a força e ingenuidade dela que o conquista. 

“Ele estremecia ao mais leve toque dela. Sentia-se entorpecido só de ouvir o som de sua voz. Apaixonara-se pela primeira vez na vida, e perdidamente."

Os diálogos são ricos e o sarcasmo está presente em boa parte deles. Os personagens secundários também são apaixonantes, com exceção da mãe de Caroline, a qual eu não gostei nenhum pouco. Eu adorei! Braden foi incrível do começo ao fim. A história é deliciosa, envolvente e bem humorada. Com cenas picantes, sensuais, de mistério e ação e que te fazem rir e se emocionar na mesma medida, a autora escreveu de uma maneira que não permitiu que o enredo se tornasse um simples clichê. O desfecho foi sensacional. Vale muito a pena ler!

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Capa da 1ª edição