Casamentos entre primos eram tradicionais entre duas nobres famílias inglesas.A aliança, que havia começado há muitos séculos a fim de fortalecer a família inglesa contra um clã escocês, agora incomodava o atual conde de Northumberland. Quando ele achava que este era seu maior problema, chega à casa do Lago Green, em Alnwick, a sobrinha de um falecido escudeiro de seu pai.
Na primeira metade do século XIX, Eliza se vê sozinha em uma terra tomada por facções rivais. Sem meios, à mercê de abusos, ela aceita se casar sem amor com um aristocrata e capitão do exército da Prússia, Joseph Dahmann. Mas no dia do casamento Joseph é tirado do altar por soldados da facção austríaca liderada pelo seu próprio irmão, o coronel Heinz Dahmann. Forçada pelo cunhado a viver em um cativeiro, assediada dia e noite, ela foge para a Inglaterra à procura de seus parentes. Quando chega à Inglaterra, porém, nada era como ela esperava. Não havia tia, nem tio e nem primos à sua espera. Somente uma velha cottage vazia na qual ela tiritava de frio. Em Londres, o nono conde de Northumberland, ou conde Hotspur como era conhecido, é chamado de volta a Alnwick Castle, no extremo norte da Inglaterra, pois o escudeiro de seu falecido pai havia morrido e no chalé do velho rendeiro uma estrangeira havia chegado.
Inspirado na Batalha real de Otterbourne, A Estrangeira narra duas histórias ao mesmo tempo. Embora intercaladas por 442 anos, a primeira influenciará a segunda: o amor proibido de Sir Percy Hotspur por Miss Evans, e o envolvimento do conde Hotspur, com Eliza. Ambas cheias de mistério, mas desconcertantemente belas.
Desde pequena, a menina Leonora se perguntava por que sua mãe sabia ler e escrever em dois idiomas e o pai sequer sabia ler em um deles. Instruída pela mãe francesa, a filha de um simples cuidador de cavalos muito cedo se vê sozinha no mundo, à mercê de uma tia autoritária e de um padrasto violador. Um encontro na infância provoca uma reviravolta em sua vida e ela vai trabalhar como ama da duquesa viúva de Pudhoe, uma dama autoritária, mas que a respeitava. Entretanto, quando lady Muriel Browne chega de Londres para passar uma temporada em Pudhoe Castle, no Norte da Inglaterra, tudo à sua volta muda. Leonora começa a ser destratada pela duquesa e até pelos outros servos, até então seu amigos.
Numa noite gelada em Newcastle, sem ter para onde ir, ela acaba se abrigando no celeiro, aconchegada à vaca da duquesa, para não morrer de frio. Ali ela é acordada brutalmente pelo capataz da propriedade e amparada por aquele cuja imagem permeara seus pensamentos durante cinco longos anos, o poderoso duque de Pudhoe, conhecido em toda a Europa por Lorde Perverso. Mas Leonora não o via assim. Pelo contrário. Achara-o caridoso. Afinal, se não fosse por ele, certamente não teria sobrevivido àquela noite.
Quando o duque de Belvoir teve que sair às pressas da casa de Juliette Drouet, a amante de Victor Hugo, para não ser pego em flagrante pelo próprio escritor, sua única alternativa foi dirigir a própria carruagem pelas vielas de Paris. O que ele não esperava, contudo, era que tivesse que socorrer uma dama que acabara de chegar à cidade. A carruagem do Hôtel de Ville, que fora buscá-la no porto, havia quebrado um eixo e ele passava no exato momento do acidente. Não teve alternativa senão esconder a sua identidade, pois a jovem estava acompanhada justamente da ordinária baronesa viúva de Patchetts, uma antiga vizinha do duque seu pai, no Norte da Inglaterra. Tudo o que ele — o duque inglês bastardo — não podia, naquele momento, era ser reconhecido. Assim, apresentou-se como o cocheiro do conde Filippo Raspail e prestou socorro às damas.
Fruto da relação de um poderoso duque inglês, que não tivera filhos no casamento, com uma cortesã francesa, Belvoir — assumido pelo pai — vivia uma vida desregrada em Paris. Embora na juventude tivesse tido certa proteção moral por parte dos amigos, o duque de Prudhoe e o conde de Northumberland, sofrera muita rejeição da aristocracia britânica, sendo chamado de ‘lorde bastardo’. Por isso, tinha convicção absoluta de que nunca se casaria com a filha de nenhum deles. Belvior só não contava que Harriet Neville, a lady que socorrera, se apaixonaria de verdade por ele, mesmo achando que fosse um humilde cocheiro.
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Lady Leanah sempre fora a boa moça. Fazia tudo o que se esperava de uma dama. Manteve-se pura à espera de seu príncipe, o cavalheiro que ela sempre amara, lorde Robert Percy, o irmão mais novo do conde de Northumberland, Edward Percy. Quando, finalmente, já com 23 anos, está prestes a realizar o seu sonho e casar-se por amor, Robert se casa às pressas com sua antiga prometida, Charlotte Mortimer, uma prima por parte de mãe, e a abandona. Decidida a se vingar, lady Leanah se aproxima de Elizabeth Douglas, uma cortesã regenerada, e implora para que a ensine a deixar todos os homens aos seus pés.
Quando o bom moço lorde Robert Percy, finalmente, recebera a aprovação do conde seu irmão, Edward Percy, para se casar com a linda lady Leanah, a irmã do conde de Douglas, da ancestral família inimiga dos Percy Northumberland, ele cai numa armadilha preparada por lorde Mortimer e tem, por honra, que se casar com sua prima Charlotte. Entretanto, jurou jamais tocar um só dedo nela. Afinal, como dissera o tio, ele já não a tinha deflorado? Cansado de ser o bom homem, o lorde se torna um dos maiores pervertidos da Europa e, para sair de Londres, a exemplo de seu pai, ele parte para a Índia. Quando na guerra de Folly de Auckland, ao lado de lorde Palmerston, ele entra em combate, a única pessoa que não esperava encontrar naquele lugar e, ainda por cima num bordel, era Leanah. O que, por Deus, ela estaria fazendo ali?!
Obrigada a se casar com o primo lorde Robert Percy, Charlotte Mortimer foge logo após o casamento. Seu próprio pai, por causa de dinheiro, conspirara para que aquela união acontecesse. Embarcada num navio com destino à América do Sul, com um nome falso, ela sofre um naufrágio fraudulento e é resgatada por um desconhecido. Sem se recordar quem é, apaixona-se pelo capitão do navio, um homem enigmático, com aparência celta, que a toma como mulher.
Um histórico romance sobre a vida das cortesãs inglesas e o império britânico e seus laços pelo mundo.