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Resenha | Um Perfeito Cavalheiro,Os Bridgertons Livro 3 de Julia Quinn @EditoraArqueiro

25/02/2016

Sophie sempre quis ir a um evento da sociedade londrina. Mas esse é um sonho impossível. Apesar de ser filha de um conde, é fruto de uma relação ilegítima e foi relegada ao papel de criada pela madrasta assim que o pai morreu. Uma noite, ela consegue entrar às escondidas no baile de máscaras de Lady Bridgerton. Lá, conhece o charmoso Benedict, filho da anfitriã, e se sente parte da realeza. No mesmo instante, uma faísca se acende entre eles. Infelizmente, o encantamento tem hora para acabar. À meia-noite, Sophie tem que sair correndo da festa e não revela sua identidade a Benedict. No dia seguinte, enquanto ele procura sua dama misteriosa por toda a cidade, Sophie é expulsa de casa pela madrasta e precisa deixar Londres. O destino faz com que os dois só se reencontrem três anos depois, Benedict a salva das garras de um bêbado violento, mas, para decepção de Sophie, não a reconhece nos trajes de criada. No entanto, logo se apaixona por ela de novo. Como é inaceitável que um homem de sua posição se case com uma serviçal, ele lhe propõe que seja sua amante, o que para Sophie é inconcebível. Agora os dois precisarão lutar contra o que sentem um pelo outro ou reconsiderar as próprias crenças para terem a chance de viver um amor de conto de fadas. Nesta deliciosa releitura de Cinderela, Julia Quinn comprova mais uma vez seu talento como escritora romântica. 

Se já não bastasse que este fosse mais um livro desta família linda, quando me falaram que também era uma releitura de Cinderela (vocês já sabem que quase nunca leio sinopse né?), fiquei empolgadíssima. É mágico viver um conto de fadas como este não importa quantas vezes você leia ou assista e não importa que você já saiba como tudo termina. Você sempre fica torcendo que a madrasta má tenha sua punição e que o casal tenha o seu sonhado final feliz.

Aqui, uma pobre menina bastarda é criada pelo pai após ser deixada na porta da sua casa aos 3 anos de idade. Durante 7 anos, ela esperou que ele lhe desse amor de pai, no entanto, a única coisa que ela conseguiu, foi o carinho dos empregados. Nunca faltou nada de material para ela e nem estudo. Quando seu pai se casa novamente e traz para casa a esposa e as duas filhas dela, Sophie tem o sonho de enfim ter uma família e irmãs desfeito de forma fria e direta pela madrasta Araminta. Depois da morte do pai e sem saber que este deixou um dote considerável para ela, tem início anos de sofrimento e uma vida de trabalho escravo. Ela é obrigada a servir a madrasta horrível e suas filhas igualmente irritantes sem descanso. 

Em uma noite, ela recebe a chance de ir para um baile de máscaras na casa dos Bridgertons e só é autorizada a ficar até a meia-noite. Ela passa uma noite linda dançando e conversando com Benedict que por sua vez, fica encantado por ela assim que a vê e não sai do seu lado. Depois do baile, eles nunca mais se encontram. Não por falta de tentativas dele que passa dois anos a procura daquela que roubou seu coração. Quando seus destinos novamente se cruzam, ele não a reconhece e então é dado um novo rumo para suas vidas.

Mesmo que o enredo no início tenha permanecido fiel a história de Cinderela, Julia Quinn conseguiu desenvolver um grande e surpreendente romance entre Benedict e Sophie. Poderia ter sido chato, mas ao invés disso, foi muito cativante e intenso! Sendo o filho do meio, Benedict estava tentando encontrar o seu lugar. Não queria ser conhecido apenas como “o Bridgerton número 3”. Ele era doce e acreditava no amor a primeira vista. Eu amei sua luta interna para escolher entre duas mulheres sem saber que, na verdade, elas eram a mesma pessoa. Foi lindo ver como ele considerava que seu coração seria partido se ficasse com Sophie (a criada) e de repente a mulher que encontrou no baile e não sabia sequer o nome aparecesse. Era quase como se ele estivesse traindo sua memória daquela noite. Muito amor por esta atitude dele.

Benedict está definitivamente excluído do posto de mocinhos preferidos desta série. O título de “perfeito cavalheiro” só fez jus a ele em 30% da trama, quando ele foi protetor com Sophie, a salvou de um destino trágico e a levou para sua casa com o intuito de arrumar um emprego para ela com a ajuda da mãe. Nos outros 70%, o seu terrível preconceito tirou boa parte do seu brilho. Eu fiquei decepcionada com ele por isso, apesar de na sinopse ter ficado claro que era isto que iria acontecer. O fato de toda a sociedade achar que uma bastarda não tem vez, que uma criada não merece um casamento digno, era até certo ponto aceitável. O Benedict pensar assim e além de tudo acreditar que oferecer o status de amante para Sophie fosse a coisa mais maravilhosa da face da terra foi imperdoável. O que tem de romântico um homem achar que você é aquela com quem ele quer ter sexo, mas não aquela com quem quem pode ter filhos e exibir socialmente? Eu sei que é ficção e que é uma romântica incurável quem vos fala, mas para mim, ele se preocupou demais com posições sociais e origens e demorou muito para aceitar que se casaria com ela de qualquer jeito. O que salvou, foi ele ter decidido isto antes mesmo de saber que ela era filha de um conde e que tinha um dote. Não me interpretem mal, ele é um personagem apaixonante e marcante também, teve seus méritos, mas Anthony e Simon, vocês por enquanto ainda são os meus preferidos!
"Eu posso viver com você me odiando .... Eu simplesmente não posso viver sem você. "
Palmas para a protagonista!! Ela mostrou um caráter admirável do começo ao fim do livro. Apesar do amor que sentia por Benedict, não deixou que ele passasse por cima das suas convicções e exigiu respeito. Ela merecia mais e não abriu mão disto. Arrasou! Esta foi uma leitura imperdível e viciante, principalmente com aquele final espetacular! A Lady Bridgerton (leia-se Violet, para quem não sabe, mãe de Benedict) foi simplesmente magnífica nesta parte da história. Definitivamente colocou Araminta em seu devido lugar. Quando eu crescer quero ser igual a ela, haha! Um perfeito cavalheiro foi muito divertido assim como os livros anteriores. Mais uma vez, Colin roubou meu coração com seus diálogos espirituosos e em sua conversa com Benedict eu quis entrar no livro e beijá-lo. Com a gafe que ele comete porém, já temos uma ideia do que esperar no próximo volume que por sinal já estou lendo. Em resumo, esta história foi excelente, com personagens secundários fortes, grande tensão sexual e uma escrita brilhante.

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Comentários
9 Comentários

9 comentários

  1. Essa série é adorável e apesar desse também não ter sido um dos meus preferidos, todos os Bridgertons viciam e vale muito a pena a leitura dos livros :)

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  2. Tenho cada vez mais após ler as resenhas dessa série, sentido vontade de ler esse livros, principalmente pela história parecer realmente cativante, e maravilhosa, to super interessada na leitura.

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  3. Não sei se peguei o livro num momento errado, mas a série ainda não conseguiu me cativar :(

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  4. Olá!

    Como sempre a Julie Quinn arrasa em suas histórias. Gostei muito da protagonista Sophie e das atitudes dela. Mas eu gostei do Benedict também, embora ele tenha sido preconceituoso e pensado no status da sociedade ele teve um bom coração. Você vai amar o Colin no próximo livro hahaha Parabéns pela resenha!

    www.booksimpressions.blogspot.com.br

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  5. Oi!
    Estou acompanhando essa serie da Julia Quinn e li Um Perfeito Cavalheiro e concordo totalmente com você Benedict perdeu o post de mocinho perfeito ele me irritou muito algo longo do livro por varias atitudes dele e adorei a Sophie torci por ela do começo ao fim e adorei a Violet ela ganhou meu respeito !!

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  6. Ooi!
    Eu tenho muita vontade de conhecer a escrita da autora, além de conhecer estes irmãos que têm conquistado o coração de muitas mulheres! Eu gostei do enredo deste, e bem sei como que é este preconceito. A ideia que Benedict teve sobre "amante" fora muito ridícula mesmo, ainda bem que Sophie não deixou-se ir tão baixo por causa do preconceito dele, e de muitos na época.
    Adorei a resenha, como sempre! Um bom romance que nos faz suspirar e acreditar nestes amores únicos.
    Beeijos

    {www.thoughtsandadventures.com.br}

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  7. Diana,não preciso dizer que amo essa série da Julia Quinn,apesar desse livro não ser o meu favorito,até agora com certeza foi a história do Anthony ,foi ele que me impulsionou a lê-la,devido a ser uma releitura da Cinderela.Amei o amor de Benedict e Sophie. Também não gostei de cerca de 70% do comportamento de Benedict,apenas dos 30% já citados por você,amei a protagonista,Sophie é 100%!!!Beijos!!!

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  8. Ainda nao li nada da autora, chora! Mas sempre fico encantada com as resenhas que eu leio, e essa não é diferente, ela é bem singular não é?! Ainda irei ler algo dela!

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  9. Como sempre adorei a resenha, ainda não li nenhum livro da série, mas cada vez fico mais fascinada com as coisas que vejo. Em breve, com certeza também vou me perder nos romances da Julia Quinn, beijos!!!

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