O empreendedorismo é um mundo diferente, com regras próprias e jogadores mais duros. E muitos que vêm do universo assalariado não sabem o que irão encontrar neste universo. Não estão preparados e se sentem perdidos. Em Dono do próprio nariz, Adriano Silva encerra a trilogia O Executivo Sincero, que começou com um papo reto com quem tem emprego e vive a vida executiva e passou por Ansiedade corporativa, uma conversa radical e sincera sobre a rotina e seu impacto emocional na vida dos profissionais, para chegar à rotina dos que vivem sem férias e décimo terceiro.
Neste novo livro, Adriano mantém a escrita em primeira pessoa e a sinceridade que é característica de toda a série. De cara, afirma que não é fácil ser dono do próprio nariz. Através de exemplos práticos, vividos por si mesmo, Adriano mostra para os seus leitores que esta mudança, por mais complicada que possa parecer, é possível. E com a ajuda de seus conselhos fica claro que esta transição não precisa ser traumática.
Estão no livro questões sensíveis a todos que desejam empreender, como a solidão do realizador, a nostalgia do emprego fixo, o medo do incerto, e a difícil hora de decidir entre insistir e desistir, entre outros pontos.
De maneira bastante informal, mas sem deixar de ser preciso, Adriano confronta suas ideias com as opiniões formadas, e mostra que não devemos acreditar em todos os dogmas que lemos e ouvimos por aí. Usando Walt Disney e Steve Jobs, executivos de grande sucesso e reconhecidamente gênios, como exemplo, Adriano elenca o que o leitor deve aproveitar de cada um destes fenômenos.
Reunindo jovens e veteranos da ficção brasileira – Raphael Montes, Luisa Geisler, Rubem Fonseca, Natércia Pontes, Leticia Wierzchowski, Cecilia Giannetti e Emiliano Urbim –, a coletânea de contos para jovens Heróis urbanos desconstrói o arquétipo do herói presente na cultura pop, com uma galeria de personagens cheios de complexidade e contradições saídos do cotidiano urbano. Desprovidos de poderes especiais, os protagonistas dessas histórias narradas em linguagem crua vagam anônimos pelas metrópoles contemporâneas, colocando em xeque o bom e o mau, o certo e o errado, o heroísmo e a vilania, como uma cabeleireira que lida com o surgimento de um serial killer numa favela, ou uma garota precoce que gerencia um negócio inusitado na escola.
Twylla tem 17 anos, vive num castelo e, embora seja noiva do príncipe, não é exatamente um membro da corte. Ela é o carrasco. Primeiro de uma surpreendente série de fantasia, Herdeira da morte conta a história de uma garota capaz de matar instantaneamente qualquer pessoa que ela toca. Até mesmo seu noivo, cujo sangue real supostamente o torna imune ao toque fatal de Twylla, evita sua companhia. Porém, quando um novo guarda chega ao castelo, ele enxerga a garota por trás da Deusa mortal que ela encarna, e um amor proibido nasce entre os dois. Mas a rainha tem um plano para acabar com seus inimigos, e eles incluem os dons de Twylla. Será que a jovem se manterá fiel a seu reino ou abandonará tudo em nome de um amor condenado?
Aos 27 anos, Edith Lavery é discreta em relação ao assunto, mas sabe que viria a calhar um marido rico e, especialmente, com uma boa posição na sociedade inglesa. A oportunidade surge quando ela decide passar o fim de semana na casa de campo de uma amiga e, numa visita a um dos casarões de famílias aristocráticas da região, ela conhece Charles Broughton, o conde Broughton. Do roteirista de Assassinato em Gosford Park (dirigido por Robert Altman), vencedor do Oscar de Melhor Roteiro Original, e criador da aclamada série Downton Abbey, Esnobes é um retrato elaborado da relação entre aristocratas e aqueles que cobiçam fazer parte desse grupo a qualquer custo. Uma espirituosa crônica de costumes que mostra que a Inglaterra contemporânea ainda preserva muitos dos códigos e regras da tradicional sociedade de classes.
Como conhecer alguém, ou mesmo a si próprio, em sua totalidade? É possível separar quem somos de fato do personagem que construímos? Como montar um quebra-cabeça que se proponha a ser uma verdade? Em seu terceiro livro, o romance Tentativas de capturar o ar, Flávio Izhaki investiga com sensibilidade e delicadeza essas questões, reforçando sua posição como um dos autores mais interessantes de sua geração.
Tentativas de capturar o ar nos apresenta à pesquisa biográfica inacabada de um grande escritor, Antônio Rascal. Com seu projeto, o jovem acadêmico Alexandre Pereira tenta responder, ou ao menos encontrar hipóteses bem formuladas, para a Grande Pergunta: por que Rascal não publicou nada novo em 26 anos? Para isso, conta com matérias, resenhas e uma série de entrevistas conduzidas com pessoas próximas ao autor, incluindo sua esposa, sua agente literária, amigos e o primeiro editor. Mas o surgimento de dois textos supostamente inéditos – um deles, uma possível confissão em forma de carta para seu filho – mudam os rumos do projeto e apresentam um novo desafio: como não tomar ficção por verdade?
Aos poucos, Pereira percebe que tenta capturar o impossível: a verdadeira identidade do biografado, como uma série de vivências e escolhas alterou seu caminho e o levou a ser quem era – ou quem os outros acreditavam que era. Mais: à medida que mergulha na pesquisa, e na relação entre Antônio Rascal e seu filho, o acadêmico se debruça sobre si mesmo, deixando vazar para o projeto sua busca por si.
Tentativas de capturar o ar é um livro sobre identidade, busca e fuga, mesmo que imóvel. Toca ainda na atmosfera de “desencanto” frente à distância entre nossas expectativas e a realidade, além da questão das relações familiares, presentes nos dois primeiros livros de Flávio Izhaki, De cabeça baixa (Guarda-chuva, 2008) e Amanhã não tem ninguém (Rocco, 2013) – semifinalista do Prêmio Portugal Telecom 2014. É impossível ler o romance sem se perguntar o quanto de Izhaki transborda para a obra. Mas, como alerta o personagem Eduardo Pitombas, escritor e amigo de longa data de Rascal, “o que podemos saber das pessoas somente por seus livros? (...) ler um autor e imaginá-lo somente preso aos dogmas que lá estão é bastante limitador. Espero que sua pesquisa [leitura] indique mais do que isso.
Psicóloga e sex-coach, Tatiana Presser tem mais de cinco milhões de visualizações em seu canal no YouTube e excursiona pelo Brasil com a peça teatral Vem transar com a gente, em parceria com o marido, o comediante Nizo Neto, além de manter um blog sobre sexo e um consultório no Rio de Janeiro. Em Vem transar comigo, lançamento do selo Bicicleta Amarela, ela leva sua expertise no assunto para o papel, e explica, com bom humor e sem qualquer preconceito, tudo sobre o esporte mais praticado do mundo entre quatro paredes. Dos saberes milenares sobre a vida sexual até as mais recentes pesquisas científicas, passando pelos novos horizontes do sexo na era da internet e pelas 1001 utilidades dos brinquedos eróticos, o livro é um convite para a descoberta de uma vida mais feliz e prazerosa, com dicas sobre relacionamento, lições de sedução, informações sobre saúde e discussões francas sobre fantasias, fetiches e tudo que possa contribuir para a vida sexual do leitor.
No sexto e ultimo volume da série The Lying Game, da mesma autora de Pretty Little Liars, Emma se torna a principal suspeita pela morte da irmã gêmea, Sutton Mercer. Depois de se passar por Sutton na tentativa de descobrir quem a matou e por que, agora é a vida de Emma que corre perigo, e ela terá que correr contra o tempo para encontrar o assassino da irmã, antes que vá parar atrás das grades ou algo pior aconteça. Neste final arrebatador, para uma série eletrizante, Emma finalmente descobre o assassino de Sutton, mas ele está disposto a qualquer coisa para manter a verdade morta e enterrada junto com a vítima.
Depois de reformar a velha bicicleta de seu pai, que ele ganhou de presente da mãe e do avô em seu aniversário de nove anos, e viver mágicas aventuras sobre ela em A bicicleta fantástica, Fergus Hamilton está próximo de alcançar seu grande sonho: tornar-se um campeão de ciclismo. No segundo livro da série Fergus Voador, o escocês Chris Hoy – mais bem-sucedido atleta olímpico da Grã-Bretanha e maior ciclista olímpico masculino de todos os tempos – volta a compartilhar com a garotada sua paixão pelos pedais com uma história cheia de aventura, fantasia e, acima de tudo, esperança e trabalho duro.
Com sua imaginação fértil e uma bike pra lá de especial, Fergus sonha em disputar o Grande Desafio de Ciclismo, a maior corrida anual de bicicleta da sua cidade, e deixar os convencidos Campeões do Wallace para trás. Mas para isso, além de treinar muito, ele precisa de uma equipe. E desde que ele e o avô criaram Os Esperançosos do Hércules, ninguém apareceu para se inscrever na equipe de Fergus. Com o prazo se esgotando e prestes a desistir de tudo, Fergus fica surpreso quando um garoto alto e desengonçado, conhecido como Catástrofe Coogan no colégio, e uma garota baixinha de apenas sete anos, Minnie McLeod, se candidatam a fazer parte dos Esperançosos de Hércules.
Ainda que aquela não fosse a equipe dos sonhos de Fergus, era a que ele tinha se quisesse competir, só faltava conseguir mais um membro para alcançar os quatro exigidos pelo regulamento. O próximo passo, então, seria arranjar uma bicicleta para Margarida, a melhor amiga de Fergus, e convencer a mãe dela a deixar a menina subir numa (o que não é exatamente uma tarefa fácil). Mas graças ao apoio do avô e às surpreendentes habilidades de seus companheiros, Fergus aos poucos caminha – ou melhor, pedala – rumo à concretização do seu sonho. Com direito a uma escapada à incrível terra de Nuncamais, onde, com a ajuda de seus habitantes nada convencionais, ele parece chegar mais perto de descobrir o paradeiro de seu pai.
Será que Fergus, Margarida, Catástrofe e Minnie serão capazes de vencer o Grande Desafio de Ciclismo? Qualquer que seja o resultado, a aventura e a diversão estão garantidas no segundo livro de Chris Hoy, que mostra ainda a importância de acreditar em si mesmo, trabalhar duro, ter espírito de equipe e manter a esperança, para se tornar um vencedor de verdade. Palavra de campeão.