Alice e William Buckle se casaram apaixonados. Mas, dois filhos e quase vinte anos depois, Alice está entediada. Por isso, quando recebe um convite por e-mail para participar de uma pesquisa on-line sobre casamentos, ela aceita num impulso. Respondendo às perguntas enviadas por um pesquisador anônimo e carismático, Alice tem a oportunidade de reexaminar a história do próprio relacionamento.
Protegidos pelos pseudônimos Esposa 22 e Pesquisador 101, Alice e o condutor da pesquisa iniciam uma intensa troca de mensagens que acaba tomando um rumo cada vez mais íntimo. Numa trama que se desenvolve através das respostas ao questionário, e-mails, postagens no Facebook, mensagens de texto e até mesmo por diálogos estruturados na forma de cenas de teatro (embora sua única peça tenha sido um fracasso, Alice ainda mantém a alma de dramaturga), Esposa 22 faz um retrato honesto e divertido de uma mulher divida entre seus desejos e responsabilidades e as aventuras permitidas pelo anonimato da comunicação digital.
INGREDIENTES PARA UM CASAMENTO FELIZ
1 xícara de gentileza, 2 xícaras de gratidão, 1 colher de chá de elogios diários, 1 segredo muito bem guardado.
Alice está prestes a completar 45 anos, é casada há mais de 20, ama o seu trabalho, seu marido também é muito bem sucedido e ela tem dois filhos adolescentes que aparentemente são perfeitos. Isto é o que as pessoas de fora podem ver. Além de entediada com o casamento em que a relação sexual esfriou e a comunicação idem, ela também está saturada do seu trabalho como professora de teatro em uma escola primária, seu marido fica desempregado, ela desconfia que sua filha Zoe está com distúrbio alimentar e que seu filho Peter é gay.
Pergunta 2: Por que concordou em participar deste estudo?
Resposta: Tédio
Sem nada mais interessante para fazer da vida e gastando todo o tempo disponível nas redes sociais e no bate papo com as amigas, ela decide participar de um estudo de casamento anônimo que aparece em sua caixa de mensagens. Ao aceitar o convite ela ganha o pseudônimo de "Esposa 22" e o responsável pelo envio das perguntas é chamado de "Pesquisador 101". Com estas trocas de mensagens, Alice começa a rever a sua vida, prestar atenção no seu casamento e nos seus filhos de forma quase neurótica e desenvolve sentimentos por este homem que ela não faz ideia de quem é, mas que parece conhecê-la melhor do que ninguém.
Tá aí uma leitura que eu não dava nada e me surpreendeu. Apesar de ser casada há quase 14 anos eu não me identifiquei com a protagonista (graças a Deus), entretanto os problemas que ela enfrenta no casamento chamaram minha atenção. Primeira obra que leio desta autora e ela está de parabéns por abordar assuntos sérios de forma tão descontraída. Eu dei altas risadas em algumas cenas e os diálogos são ótimos, principalmente os de Alice com o filho. Achei o máximo o modo como eles eram honestos um com outro e falavam sobre qualquer coisa. Se eu tivesse um filho queria um assim, que me acompanhasse em tudo.
"Cada publicação no Facebook, cada nova foto, cada Curtir, cada Atualização de interesses, cada Comentário é uma atuação. Mas o que acontece com a atriz quando ela está representando para um palco vazio? E quando o mundo real ficou tão vazio? Quando as pessoas todas o trocaram pela internet?"
O tal Pesquisador 101 vira quase um psicólogo online e um confidente maravilhoso. Eu desconfiei em um determinado momento do que estava acontecendo e tive a certeza só no final. O mais legal da história é que ela vai respondendo a um questionário de 90 perguntas que chegam para ela através do e-mail de forma aleatória, porém, só vamos saber quais foram as perguntas no final do livro, o que me fez ficar imaginando o que estava sendo questionado.
Pergunta 7: Conte-nos alguma coisa que você faça de que o seu cônjuge não saiba.
Resposta: Às vezes digo a ele que está roncando quando não está para ele ir dormir no quarto de hóspedes e eu ter a cama inteira só para mim.
Alguém aí se identifica? Maldade hein!! Haha.
Crise de meia idade, pálpebras caídas, frequência das relações sexuais, ganho de peso, uso de calmantes, sintomas de Alzheimer entre outros, são os temas que Alice procura na internet, o que nos faz pensar que não podemos acreditar em tudo que lemos na rede e o que o tempo demasiado gasto na frente do computador com este excesso de informações faz com a mente do ser humano. Eu li em e-book, no entanto, gostei tanto da diagramação delicada que agora quero ter o físico também. Um bom livro é assim: a gente lê em qualquer idade sem se importar se ele foi ou não escrito para nós e esta é uma leitura cativante que te fará rir e refletir. Recomendadíssimo!!
Minha evolução do Desafio