No início do século XX, Mary Lennox vive na Índia com os pais, que não lhe dão afeto nem atenção. Uma epidemia de cólera mata o casal, e, seis meses depois, Mary, uma menina de 10 anos apática e sem graça, mimada, voluntariosa, que não sabe amar e não tem amigos, desembarca na Inglaterra para viver com o tio em Yorkshire, na mansão Misselthwaite, uma construção sombria e labiríntica com mais de cem quartos.
Deslocada e assustada, a menina, sem ter o que fazer, começa a explorar a mansão e seus arredores, cheios de jardins e hortas. Com a curiosidade despertada, descobre que um dos jardins estava trancado havia dez anos e a chave, enterrada não se sabia onde: o tio proibira a entrada de qualquer pessoa. Mary acaba ficando amiga do velho jardineiro e de um passarinho especial, um pintarroxo, que a leva até a chave. E ela pode, finalmente, entrar no jardim.
A narrativa é fluente, e o leitor fica preso à história, ansioso por saber o que vai acontecer. Traz também uma visão extremamente positiva e rica do contato com a terra, da vida simples e dos valores essenciais das pessoas do campo. Impossível não se apaixonar pelas personagens e pela história, publicada em 1911, que faz rir, chorar, sonhar.