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Resenha | O Lobo e a Pomba – Kathleen E. Woodiwiss

27/07/2016

Autora de mais de 13 best-sellers, Kathleen E. Woodiwiss (1939-2007) revolucionou o romance histórico moderno ao criar personagens inesquecíveis e tramas repletas de paixão. O lobo e a pomba se passa na Inglaterra, em 1066. As forças normandas invadem o território saxão. Impotente, a jovem Aislinn assiste à destruição de tudo o que lhe é precioso. Quando Sir Wulfgar chega para assumir a posição de novo senhor das terras do pai de Aislinn, ela descobre que seu maior inimigo pode ser o próprio coração.
Na Inglaterra, no tempo dos druidas, houve certa vez um guerreiro de grande coragem que desafiou e venceu os deuses em combate, como punição, foi transformado em lobo de ferro.
Segundo a lenda, nos momentos em que a guerra assola a Terra, o lobo volta à vida na forma de um guerreiro ousado, invencível e imortal. Como agora, quando normandos e saxãos entram em conflito em Darkenwald e a vida da bela Aislinn depende da concretização da profecia. Filha de um nobre assassinado pelos invasores, Aislinn é a sofrida heroína de o Lobo e a Pomba.


Primeiro de tudo, esta história foi escrita antes de eu nascer. Já achei isto fantástico!! Não que eu seja uma anciã nem nada, mas em 1974 eu fico pensando o que este livro causou aos seus leitores. Eu achei a trama incrível apesar de um pouco dolorosa e forte. O romance entre Aislinn e Wulfgar é crível, é intenso e não começa muito bem. A história se passa na Inglaterra, período medieval, quando os normandos invadiram e conquistaram a região. Aislinn é filha única do senhor das terras saxãs e está prometida para um rapaz que conhece há anos, até que um dia, o seu castelo é invadido, seu pai é morto e Ragnor, o líder dos guerreiros responsáveis por esta batalha decide estuprá-la. Se já não bastasse isto, Wulfgar, um cavaleiro bastardo de William da Normandia, chega ao castelo no dia seguinte e apesar de não concordar com a matança e tudo de errado que Ragnor fez, resolve assumir o castelo e tomar Aislinn como escrava. 

Ela é uma garota geniosa, forte e de muita personalidade. Com sua língua afiada, não tem medo de desafiar seu novo “dono” e os diálogos entre eles são maravilhosos. Seu conhecimento de ervas curativas e sua gentileza conquistam a todos. No começo é inevitável não odiar Wulfgar pelas suas atitudes, pelo modo como ele trata e fala com Aislinn, mas no decorrer do enredo, as mudanças neste homem são nítidas por causa do amor que ele não assume de jeito nenhum que sente. Ao mesmo tempo que é justo com todo o seu povo, também é um verdadeiro ogro. Bom demais vê-lo sentir ciúmes dela e protegê-la como seu bem mais precioso.

Enquanto isso, Ragnor não se conforma que Aislinn não seja dele, tem ódio de Wulfgar por ter tomado a única coisa que ele queria e continua obcecado pela ideia de que um dia ela venha a aceitá-lo apesar do que ele fez. Cria situações que podem custar a sua vida, se junta a meia irmã de Wulfgar que é uma bruxa invejosa e má e fazendo com que ela acredite que ele está apaixonado por ela, consegue uma valiosa aliada. Aislinn tem que lidar ainda com a revolta do ex-pretendente que era apaixonado por ela e não aceita que ela tenha sido desonrada, com a sua mãe, que começou a apresentar sinais de loucura com a morte do marido e com as maldades desta meia irmã de Wulfgar, que toma o pouco que ela tem e tenta de todas as formas colocá-la contra Wulfgar sem sucesso. Vê dia após dia a paixão pelo amante crescer, no entanto, não se conforma em ser sua prostituta. O que ela quer é se casar e ser uma mulher digna. Sente vergonha que todos saibam que ela divide a cama do guerreiro sem ser a sua esposa e  o pressiona sempre que tem oportunidade. As coisas se complicam ainda mais quando ela fica grávida e não sabe quem é pai da criança, Ragnor ou Wulfgar e até esta nascer, mesmo com a proteção e aceitação de Wulfgar, ela sofre com as incertezas de seu destino.

Eu amei Wulfgar e Aislinn e todos os personagens, menos os vilões é claro.  Foram excelentes as revelações e o desfecho de alguns personagens. Foi linda a forma que Wulfgar finalmente se rendeu, o modo como aceitou a criança independentemente de quem era o pai e assumiu que Aislinn era dele fazendo de tudo para que ela fosse feliz com pequenos gestos. É claro que eu não gostava de como era a relação deles até isto acontecer. Ele sentia que estava abusando dela a cada noite e no fundo era bem isto mesmo, apesar de não machucá-la fisicamente. Muitas cenas angustiantes, dramáticas e tristes neste livro e a linguagem é diferente do que estamos acostumados a ver nos romances de época atuais. Nada que atrapalhe o aproveitamento da leitura, é apenas diferente. A narração é em terceira pessoa com as perspectivas dos protagonistas e de alguns outros personagens centrais. O final foi espetacular! Eu tinha um sorriso na cara quando fechei o livro. Muitas coisas fizeram sentido e o que eu torcia muito aconteceu. Na verdade eu passei o livro inteiro esperando por uma reviravolta e apesar deste livro ter quase 500 páginas, a leitura flui maravilhosamente. Eu não conseguia parar de ler. Recomendadíssimo!!

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Comentários
1 Comentários

1 Comentário

  1. Oi Diana,

    Nossa eu tenho tanta vontade de ler este romance, parece ser realmente arrebatador, do tipo que não conseguimos largar e o mais legal ainda é ele ser crível, como você comentou.
    Preciso ler logo! rsrs

    Suoer beijo,
    May - mayeosvicios.blogspot.com.br

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