Resenha | Mais Lindo que a Lua, Duologia Irmãs Lyndon Livro 1 de Julia Quinn @EditoraArqueiro

Foi amor à primeira vista. Mas Victoria Lyndon era a filha do vigário, e Robert Kemble, o elegante conde de Macclesfield. Foi o que bastou para os pais dos dois serem contra a união. Assim, quando o plano de fuga dos jovens deu errado, todos acreditaram que foi melhor assim.
Sete anos depois, quando Robert encontra Victoria por acaso, não consegue acreditar no que acontece: a garota que um dia destruiu seus sonhos ainda o deixa sem fôlego. E Victoria também logo vê que continua impossível resistir aos encantos dele. Mas como ela poderia dar uma segunda chance ao homem que lhe prometeu casamento e depois despedaçou suas esperanças?
Então, quando Robert lhe oferece um emprego um tanto incomum – ser sua amante –, Victoria não aceita, incapaz de sacrificar a dignidade, mesmo por ele. Mas Robert promete que Victoria será dele, não importa o que tenha que fazer. Depois de tantas mágoas, será que esses dois corações maltratados algum dia serão capazes de perdoar e permitir que o amor cure suas feridas?

Robert Kemble, conde de Macclesfield, é conhecido por ser um dos homens mais charmosos de toda a Grã-Bretanha, razão pela qual nunca fica sem uma companhia feminina. Isto até ele colocar os olhos em Victoria e se apaixonar instantaneamente. Instantaneamente mesmo! No sentido mais literal da palavra. Quem aí acredita em amor a primeira vista?

Em minha mente, entendo que a vi pela primeira vez há dez minutos, mas meu coração a conhece desde sempre. E minha alma também.

Victoria obviamente não fica imune aos encantos deste homem e dois meses se passam com eles se encontrando sempre que podem e conhecendo um ao outro. Todo encontro sendo devidamente “vigiado” por Eleanor, a irmã mais nova de Victoria que terá a história narrada no próximo livro da duologia. Acontece que para um futuro marquês não pega nada bem se relacionar com a filha de um vigário e os problemas dos pombinhos já começam com a intromissão de seus pais.

O reverendo Sr. Lyndon reprova esta situação e deixa isto claro em todas as ocasiões possíveis para a filha de 17 anos. Do outro lado, o pai de Robert não acredita que Victoria dará uma boa condessa por considerá-la uma interesseira calculista, decidida a se casar com alguém rico. Sendo assim, quando fica sabendo das intenções de Robert de pedir a mão dela em casamento, ameaça deserdá-lo, o que não abala em nada a decisão do filho. 

O mal entendido se dá quando Robert e Victoria decidem fugir e ela é pega em flagrante pelo pai quando está saindo de casa. Robert passa a acreditar que não era tão bom partido assim sem dinheiro e sem título e que por isto ela desistiu de ficar com ele. Já Victoria, acaba acreditando em tudo que o seu pai sempre cansou de repetir, que Robert, sendo um conde, só queria se aproveitar dela e ficou entediado quando não conseguiu seduzi-la.

Seria mesmo possível amar e odiar ao mesmo tempo?

Sete anos depois ...

Porque as autoras fazem isto???? Não dava pra ser mesmo tempo sofrendo não? Enfim, sete anos depois, Robert e Victoria se encontram em uma situação completamente diferente. O amor a primeira vista se transformou em ódio. Ele foi para Londres assim que teve o coração partido, passou todo este tempo aumentando sua fortuna já que não quis contato com o pai e chegou a buscar mulheres parecidas com Victoria, mas nunca esqueceu o grande amor da sua vida. 

O único emprego que Victoria conseguiu para não acabar arruinada depois de deixar a casa do pai que também nunca perdoou foi o de preceptora, um trabalho que ela simplesmente detesta e que se transforma em um inferno quando Robert aparece na casa de sua patroa como convidado de honra. Victoria se transforma em um novo desafio pra ele que decide se vingar e ela continua desconfiada de seu caráter depois do que ele fez no passado.

Que o Senhor lhe ajudasse, porque ele ainda a queria. Mas também queria vingança. Só não sabia o que queria mais. (...) Ela partira seu coração. Ele a odiava por isso havia anos.

Tudo o que ele fora quando jovem agora era dez vezes mais como homem, e ela não podia imaginar a vida sem ele. Torie. Aqueles cabelos negros espessos. Os olhos azuis brilhantes. A idade a deixara ainda mais linda.

Este é mais um livro da Julia Quinn onde vocês podem esperar muitas cenas hilárias, dois personagens teimosos ao extremo e cenas sensuais na medida certa em um enredo que prende a atenção do começo ao fim. O Robert é sem dúvidas um dos mocinhos mais obstinados e pacientes que a autora já criou. A partir do momento em que decide que não adianta mais fugir de seus sentimentos e todo o mal entendido é resolvido, ele usa de todos os artifícios para reconquistar a sua futura condessa, ou melhor, vencê-la pelo cansaço.

(...) não sei o que será de mim se não tiver você para me provocar.

Aqui temos uma mocinha que não cede fácil, ela se concentra tanto na raiva que tem de Robert que acaba ferindo os sentimentos dele. Ela quer ser independente e dona das suas decisões e tem medo de que isto mude quando o casamento acontecer. Mesmo que muitas vezes as atitudes dela tenham me irritado, quem é que pode culpar uma mulher por querer se sentir no controle da sua vida?
Ela era franca e sincera e era tudo o que sempre quisera, não apenas em uma mulher, mas da vida. Mas que diabo, ela era sua vida.
O Robert é um romântico assumido, não tem medo de demonstrar seu amor incondicional e me conquistou em cada capítulo. Eu queria bater na Victoria por fazer o coitado sofrer tanto. O final foi lindo e eu me diverti muito com esta leitura. É um fato que Julia Quinn sempre consegue me conquistar e me fazer suspirar em cada história de amor que escreve e com esta não foi diferente. Recomendo!

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