Por trás desse thriller há pelo menos duas novidades na narrativa do autor: pela primeira vez vemos como protagonista um escritor chamado Joël e a cidade de Genebra como cenário. A trama começa em uma noite de dezembro, quando o sofisticado hotel Palace de Verbier, nos Alpes Suíços, é palco de um assassinato que permanecerá sem solução, já que a investigação do crime nunca é concluída pela polícia. Anos depois, o escritor Joël decide tirar alguns dias de férias e se hospeda no local. Lá, é surpreendido por um detalhe peculiar: seu quarto é designado 621 bis, a nova nomenclatura do agora estigmatizado 622. A curiosidade logo leva o escritor a mergulhar em uma investigação sobre o caso emblemático.
Ao longo da corrida para descobrir as motivações para o assassinato, somos apresentados a uma gama de personagens tão interessantes quanto pitorescos: uma aristocrata russa decadente que sonha em casar as filhas com homens ricos, um grupo de banqueiros e um jovem ambicioso e talentoso que causa inveja e intriga entre herdeiros que disputam a presidência de uma instituição financeira familiar.
Todas essas personalidades estão conectadas por uma rede intrincada de segredos que atravessam décadas, países, golpes, traições e triângulos amorosos.